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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O fantasma da Biblioteca

Ontem eu fui buscar livros para o meu filho e para mim na  Biblioteca Pública de Dresden, e voltei com uma história para contar.

Havia mais duas senhoras, que assim como eu, estavam escolhendo livros para seus "pimpolhos" na sessão de livros infantil. Eu estava buscando livros na estante de Bildbücher (livro imagens, os quais contêm mais imagens que textos) quando "puft", caiu um livro em cima da minha cabeça, assim do nada!!!


Tem somente uma prateleira, mais em uma posição mais alta que eu, acima da minha cabeça, e foi de lá que veio o livro!!! Eu já estava à pelo menos ums 20 minutos em pé ali, escolhendo livros, na prateleira abaixo, onde eu perfeitamente alcançava, perdida entre tantas opções, quando, sem nenhuma explicação lógica, o livro caiu. 

Meu esposo disse que talvez a estante balançou, mas esta hipótese eu descartei, pois ele não conhece lá, as estantes são fixas no chão e nas paredes, afinal o público daquele setor são crianças, que podem eventualmente ter a idéia de se pendurar nas estantes.

O livro ficou até com a marca do meu batom porque, de tão surpreendida, eu acabei esfregando ele um pouco no meu rosto para que ele não caísse no chão, puro instinto. Bem, já que o acaso o colocou na minha cabeça, digo, nas minhas mãos, fui folheá-lo. 

O livro é da editora Boje-verlag, em uma edição de 2008, com páginas amareladas e com aquele cheiro de livro velho. O livro chama se "Der Zauberer Korinthe", isto é, o mágo Korinthe, e tinha por todas as páginas as pegadas deste mágo que caiu dentro de um tinteiro. Era muito menos colorido do que eu espero de um livro para chamar atenção do meu filho, mas continuei folheando-o, para dar mais uma chance e entender o porquê dele. 

Ao lê-lo, percebi as rimas, jogo de palarvras, era uma poesia, era um livro imagem também, e na última página havia uma partitura, que ao final entendi que na verdade as rimas do livro, tratava-se de letra de uma música ou uma poesia que virou letra de música, não sabia ao certo, naquele momento.

Se era uma música, certamente teria no Youtube! E tem, encontrei muitos vídeos recitando a poesia e somente três cantando (quer tentar, veja aqui).

O autor do livro, James Krüss, ao lado do Josef Guggenmos, foram dois grandes autores de poesia infantil alemã de meados do século XX até hoje, segundo Rechou et al. 2009(*)

Eu não gostei muito do livro, ele não era tão mais interessante que os outros, mas eu o trouxe para casa e tentar fazer meu filho se interessar, a final o livro me quis e não o contrário. Eu não acredito em espíritos, tão pouco em fantasmas, mas para brincar, coloquei esse título. Porém eu acredito em mágos (risos), agora no Mago Korinthe.

(*) RECHOU, Blanca-Ana R., LÓPEZ, Isabel, RODRÍGUEZ, Marta N., 2009. A Poesía Infantil do Século XXI (2000-2008), Vigo: Edicións Xerais de Galicia. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Estudar na Alemanha - conclusão


Depois que terminei o Mestrado, retornei para Manaus, pois havia uma vaga para professor substituto na Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Amazonas, nas disciplinas de Inventário Florestal e Dendrometria. Trabalhei por um ano e meio na UFAM. 

Photo by Galiceanu A. 2004
Fiz a inscrição para o International Summer School 2004 da Albert-Ludwigs-Universität Freiburg e fui selecionada. Conheci pessoas da Indonésia, Índia, Sri Lanka, Tailandia, Malásia, Romênia, Chile e muito mais, tenho contato com alguns deles até hoje. Eu já estava há um ano com Síndrome do Pânico, fazendo acupuntura, tomando "Florais de Bach" e serotonina e GABA (Gama Amino Butiryc Acid), todos com efeito paliativos, ou mesmo placebo, mas que me davam a mínima sensação de "cura" e autonomia. 

Era a minha segunda visita à Alemanha, para um segundo curso, onde tive oportunidades de consolidar contatos com professores da Pós-graduação, e encontrar um orientador interessado na minha pesquisa: dendrocronologia tropical.

No ano seguinte voltei para Alemanha, com minha irmã, que também é Engenheira Florestal. Logo nos primeiros dias, quando fomos para o MENSA, o restaurante universitário, fomos apresentadas para um espanhol e um italiano. Dias depois o italiano apresentou seu amigo romeno, os dois eram estudantes de doutorado em Física.
Minha irmã casou como o italiano e eu como o romeno, simples assim!!!
 
Voltamos para o Brasil, eu e minha irmã, pois eu não estava dando conta da Síndrome do Pânico. Parecia o fim de um sonho, tão desejado, planejado, à custa de muita luta e dificuldades.

O fato é que eu não conclui o doutorado, mas o sonho de doutorado transformou-se em um casamento e um lindo filho, nossa benção maior, concedida por Deus. Brincando, eu sempre digo que o diploma do meu doutorado é nosso filho.

Hoje, e somente hoje, eu vejo que eu não precisava de um doutorado, mas uma família, uma oportunidade de ser mãe, para viver e escrever nossa linda história.

Obrigada por ler!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

"Deus é alemão"

Sabe aquele ditado popular que diz que "Deus é brasileiro"? Então, eu concordo, diante de tantos problemas enfrentados no Brasil: problemas de segurança pública, falta de hospitais, acidentes de trânsito, entre outos. 

Algo me fez mudar o ditado popular para agradecer a Deus pelas inúmeras "providências" tomadas no sentido de proteger as crianças daqui. 

Eu estava em uma festa pública quando duas mães com seus bebezinho se aproximaram de onde eu estava sentada com minha família. Umas das mães se afastou e deixou seu bebezinho com a outra. A outra mãe pegou o seu bebezinho e colocou no chão, para auxiliar o outro bebezinho que estava chorando.
Photo by Jan Möbius (mz-web.de)
O bebezinho que foi para o chão, deveria ter por volta de 9 meses, e pegou um garfo de plástico que estava no chão, sujo com resíduos de comida, e colocou na boca. Com um gesto, eu mostrei para a bendita mãe, o que estava acontecendo, e ela sorriu para mim (bem forçado, tipo: o que você tem haver com isto?) e não fez um único movimento no sentido de tirar o objeto da criança.

A criança fazia movimentos fortes com o garfo na boca, e ainda o quebrou, tornando-se mais perigoso ainda, pois formou pontas amoladas com facas (voce pode imaginar o que eu descrevo?). Eu começei a suar frio nas mão e sentir náuseas, pelo duplo perigo que a criança estava passando: o do plástico rompido e do resíduo de comida do objeto, que muito provávelmente estava ali da noite anterior, e exposto a decomposição bacteriana e de uma "lambidinha" do rato, ou voces acham que aqui não tem rato pelas ruas?

Meu esposo me auxiliou, e pediu, pela milésima vez que não interfira na vida dos outros, mesmo que eu acredite que é para o bem deles, pois eles, muitas das vezes, não tem o meu ponto de vista, e esse conselho não cabe somente na Alemanha, mas por onde eu estive.

A criança cuspiu os pedaços de garfo, a mãe tirou alguns outros da boca da criança, e a colocou novamente no chão, e com oportunidade, pegou uma ponta de cigarros. Eu não mereço, virei de costas mesmo.

Tenho outras histórias, mas são muito particulares por conter exclusivamente o meu ponto de vista, então, nem vou tentar falar aqui.

O modo como as mães alemãs tratam seus filhos me incomoda muito, e obviamente, tem pontos positivos na linha de educação, mas muitos negativos. A total independência, como um sentido para a vida, é em parte, algo positivo que eu estou aprendendo a aplicar em nossas vidas, minha e do meu filho, mas daí entregar o filho à própria sorte, tem uma diferença muito grande, e que eu desprezo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Superproteção não é bom?

A professora solicitou que eu conversasse com o meu filho, dizer que ele deve obedeçê-la, escutá-la, pois ele é muito travesso, e não à obedece na primeira ordem. As crianças alemãs da turma dele são bem mais obedientes, eu já vi.
A turminha dele iria fazer duas visitas: uma no centro da cidade e outra em uma importante gráfica. A professora estava preocupada, pois ela temia que ele não à obecesse no sinal de trânsito, ou nas ruas, correndo o risco de se perder, pois Dresden é turística e tem muita gente circulando na cidade.

Quando esta professora estava de férias, meu filho foi com outras turminhas, para outros passeios como atravessar uma ponte à pé, ou atravessar o rio de Elbe Ferries, e nenhum dos outos professores fizeram qualquer objeção ou uma mínima observação.

Photo by Galiceanu A. 2015
Eu perguntei se eu poderia ir junto, e ela permitiu. Assim eu fiz. Fui para duas excursões: um dia para o centro da cidade identificar onde estão os relógios e para explicar às crianças a importância de saber  as horas; outro dia para visitar a gráfica para conhecer como são impressos as revistas, painéis, folders.  

Foi divertido, a criançada inteligente, entendem rápido o que é colocado para eles como lição. Eu, por exemplo, ainda não havia percebido que tem relógio para todo lado, praticamente em todos os pontos de ônibus e trenzinhos. 

Entretanto, meu filho ainda não fala alemão. Ele aprendeu bastante frases do cotidiano no Kindergarten, mas não entende, por exemplo, as explicações do funcionário da gráfica, sobre o processo produtivo, e o pior é que nem eu entendi.

Eu fui tomada por um sentimento de culpa, por expor meu filho à esta situação desconfortável. Além de perceber que algumas crianças, aproveitavam, quando a professora estava longe, para agredir outras crianças menores. Outras crianças chamavam meu filho de "popo" e o empurravam (e nem vou traduzir porque é grosseiro). Eu estava lá, na frente deles e eles não se intimidaram. Cheguei em casa tão triste, e pensei até na possibilidade de tirar meu filho do Kindergarten.

Eu li no site da psicóloga Rosemeire Zago que a superproteção de um filho é caracterizado como um abuso emocional e tem consequências negativas, tais como dependencia e imaturidade emocional, baixa tolerância à frustração, passividade, depressão.
"A superproteção passa a mensagem de que a criança não é capaz de resolver as coisas por si mesma e que dependerá sempre dos pais para dar suporte e auxílio. Sendo assim, como poderá uma criança crescer e chegar a vida adulta, acreditando em si mesma? Nenhum comportamento que gera dependência poderá produzir confiança." Rosemeire Zago
Foi assim que eu tive "forças" para entregar meu filho mais uma vez no Kindergarten hoje.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Nada sobre Alemanha, só sobre monstros

Desde que nos mudamos para o nosso apartamento aqui em Dresden, meu filho demonstrou ter alguns medos. Começou com o barulho da descarga, isto é, toda vez que à acionávamos, de onde quer que ele ouvia, ele se escondia. 
Um dia ele estava no quarto de brinquedo e o telefone celular do pai dele vibrou, ao receber uma mensagem e ele pulou e gritou de medo, desde então, ele próprio pega o telefone e coloca na cozinha.

Agora, até quando um de nós dois, pai ou mãe, abre a porta e entra no lugar que ele está brincando, seja sala ou quarto de brinquedos, por exemplo, ele também, sente uma ansiedade, medo, e esconde-se. Ele ainda não demonstrou sentir medo de ficar sozinho, menos mal, não é?

Enfim, eu estava "quebrando minha cabeça" para entender o que aconteceu com meu filho, o que há de diferente para ele ter mudado assim: teria sido um desenho animado que ele assistiu? será que é o apartamento não o agrada? será que é fase, da idade? o que será?

Encontrei no Facebook esse link  19 dicas úteis que todos os pais deveriam saber, e uma das dicas é fazer um "Spray contra Monstros". Deve ser antiga esta dica, mas para mim foi super nova, não conhecia. Fui fazer.

Encontrei uns monstrinhos simpáticos, os Welt der Buhbels, da loja Kik, uma loja tipo "1,99". Comprei uma caixa para meu filho prender os monstrinhos, um jogo americano e uma revista completamente cheia de monstros e  monster sticker. 

Photo by Galiceanu A. 2015
Meu filho e ajudou a confeccionar o "Spray contra Monstros". O bom era que tinha stickers de todo tipo de monstro (eu falei para ele que o splay era contra monstro de banheira, de lixeira, de telefone celular, de quarto de brinquedos, de descarga sanitária, de sala, de janela, de porta, máquina de lavar louças ou roupa, ..., de tudo). 
Eu achei muito fofo quando meu filho escolher um sticker do Doki, (um cachorrinho de desenho animado americano, super do bem, que ensina ciências, história e geografia para as crianças de uma forma bem lúdica). 

Talvez ele quis sentir a segurança emocional que sentia quanto estava no Brasil, na sua casa, com seus desenhos prediletos, na sua escola, com seu amigos, com os quais ele aprendeu a controlar suas emoções, seus medos, suas dúvidas, sua ansiedade de reencontrar sua mãe na saída da escola.

Photo by Galiceanu A. 2015
Ele me ajudou a "molhar", digo, "imunizar" a casa inteira contra os monstros. 

Achei este artigo super didático Como ajudar seu filho a enfrentar o medo no site Babycenter, onde encontrei alguns conselhos. No artigo fala sobre a naturalidade do medo na infância, que é fase, inclusive, fala da possibilidade de passarmos, mesmo sem querer, nossos medos para nossos filhos. Talvez eu tenha o influênciado, talvez não, pois faz parte do amadurecimento emocional.

Enfim, nós vamos tentar, pois não tem nada mais limitante e desconfortável que o medo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Nem tudo são espinhos ... Parte II

A Alemanha havia acabado dar a maior goleada da história no Brasil, ganhando a Copa do Mundo 2014, com os inesquecíveis 7 x 1.
" A Alemanha – uma equipe inteligentemente estruturada por Joachim Löw já há duas Copa – deu aula, colocou o Brasil na roda, tirou onda, ganhou olé. À seleção que trabalha, toda glória. À seleção que só vive de bater no peito e de gritar o Hino Nacional, toda a perdição." Thiago Nogueira @SUPER_FC
Eu ainda sentia muito, mas a vida continua, não é?
Na época, eu estava preparando a festa de aniversário do meu filho, com o tema aviões, por ser o tema mais adequado, devido o seu interesse pela aviação (conforme eu falei no texto Olha o avião).

Eu planejei dar como lembrança da festa de aniversário, os posteres de aviões, que eu havia pego nas minhas últimas viagens para Alemanha, no Aeroporto de Frankfurt. Estes posteres eram distribuidos gratuitamente e não sei de ainda são distribuídos. Todo mês, era uma foto de um avião, de uma compania aérea diferente (são fotografias de tirar o fôlego). 

Eu percebi que eu só tinha 16 posteres e ainda faltariam 14 posteres para completar 30 sacolinhas surpresas, que seriam distribuídas para as crianças convidadas. Então tive a idéia de entrar no website do setor responsável pela impressão e distribuição dos posteres escrevi um mail solicitando o número de posteres que faltavam, e eu me comprometia em pagar as despesas postais.

Recebi uma resposta em três dias, solicitando o meu endereço, indicando assim que minha solicitação seria atendida. Eu adoraria pular esta parte, mas vou ter que contar também: o meu endereço em Manaus é complicado, pois o nome da rua que moro mudou. Ai eu fiquei na dúvida, se colocava o nome atual, que contêm 4 palavras, ou o antigo, com uma única palavra. Coloquei o nome antigo, e "deu capim na palheta" (isto é, confundiu tudo).

Sabe quando as coisas não querem dar certo, mas você não aceita?

Demorou uns dois meses para eu ter coragem e escrever novamente, perguntando se houve algum problema. O representante do setor de comunicação do Aeroporto de Frankfurt respondeu-me que, enviou para um endereço cujo o código postal era outro, não era o mesmo que eu havia dado. Certamente ele fez uma pequisa com o nome da rua que eu dei, mas não era compatível com o código postal e ai, vocês já podem imaginhar ...

Eu havia ficado tão feliz com o sinal de OK dos alemães e eu estava esperando com tanta ansiedade pelos posteres, eu fiquei muito decepcionada com a situação e entristeci. Entretanto, eu não conseguia me conformar que eu não teria total de posteres para todas as crianças. Solicitei em julho os posteres, e já era meados de setembro e a festa seria em outubro, parecia não haver mais tempo.
Eu também não poderia abusar da sorte, tão pouco abusar da bondade dos alemães, eu não insisti mais. Porém, outro mail do setor de comunicação fez meu "coração pular de alegria". Ele estavam determinado a enviar os posteres para os amiguinhos do meu filho, pediram um endereço correto para o envio.
Photo by Galiceanu A. 2014
A caixa chegou, ainda era setembro, cheia de souvenirs personalizados de "Ja zu FRA" (FRA é o código do aeroporto de Frankfurt, assim como MAO é de Manaus) e os postes, é claro. Na mesma semana, o porteiro do meu condomínio disse que tinha outra caixa. Eu não podia acreditar: era a primeira que eles haviam enviado em julho, e os Correios finalmente entregaram. E faltando alguns dias para a festa, quando tudo estava preparado, chega um encomenda em forma de tubo cheinha de posteres, cada um mais lindo que o outro.

A decoração e as sacolas surpresas do Aniversário do nosso filho ficaram incrível, as crianças adoraram, inclusive as meninas, mesmo sendo um tema de menino, afinal elas também viajam, não é? Foi uma festa insquecível!!!
( Quer ver algumas fotos entra aqui? )


Nem tudo são espinhos, o povo alemão, na sua maioria, estão sempre me surpreendendo, com sua gentileza, altruísmo e simpatia.
Obrigada Alemanha por tudo, até pelos aposentados que me dão história para contar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

"Olha o avião ..."

Caríssimos, na próxima escrita que publicarei, vocês vão entender o porquê desta escrita:

Meu filho ama a aviação, os diferentes tipos aviões, as diferentes companias aéreas e os aeroportos. Ele demonstrou interesse desde cedo, pois eu mostrava para ele: "olha o avião ..." da varanda do nosso apartamento, toda vez um passava atravessando os céus. Era uma forma de fazer o tempo passar, pois eu ficava o dia inteiro com ele, bebezinho, dentro de casa (eu tinha Síndrome do Pânico, sabe?), e ele quase não dormia durante o dia. Lembrando agora, considero que era até divertido!!!

Quando meu filho estava com um aninho e meio de idade, viajamos de Manaus para Roma, Bologna, Bucarest, Basel e Frankfurt, em diferentes companias aéreas. Ele já gostava de aviões, e quando viu de perto, na sala de embarque do Aeroporto de Manaus, o avião pousando ele pulava de alegria. 

Photo by Galiceanu A. 2011
 Dá para imaginar que esse fofo não deu trabalho nenhum, nem nas salas de embarque, nem dentro dos aviões, pois ele à vontade, feliz. Na janela do avião "só dava ele". Quando já estávamos no quinto trecho da viagem ele exclamou "tuiuio", apontando para o avião. 

Naquela idade, meu filho não fala nenhuma palavra audível, além de mama (tradução = mamãe). Ele realmente demorou para começar a falar, as pessoas dizia que era porque ele não tinha contato como outras crianças. Demorou, mas falou, afinal cada criança tem seu tempo.
 
Na casa dos meus pais, tem um poster do avião Emirates Airline  (sobrevoando uma praia de Dubai) que eu colei no banheiro do quarto que era meu. Quando meu filho avistou este poster pela  primeira vez, ele ficou todo feliz e repetindo Emirates.

O poster sempre esteve lá, desde 2004, mas meu filho só constatou, quando ele já estava com quase dois anos de idade, depois de ter feito o pai dele comprar várias revistas de avião, cada sábado que íamos ao supermercado e claro depois das várias viagens de avião.

Eu e meu esposo alimentava a curiosidade dele, comprando aeromodelos (de plástico made in china, dos camelôs das ruas de Manaus), revistas de aviação comercial ou militar, além de colocar filminhos curtos no Youtube para ele comer tudinho, ao se destrair com os aviões. 

Estava consolidado o seu fascínio pela aviação!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

CANALETTO Dresden - Obrigada DVB

A empresa de Transporte Regional Público da cidade de Dresden, DVB - Dresdner Verkehrsbetriebe AG, esteve presente no CANALETTO na Postplatz, e disponibilizou várias atrações para as crianças.

Tinha um "castelo pula-pula" em formato de uma "locomotiva", bem grande, com escurregador bem alto, três bonecos dentro, para as crianças além de pular, aguarrar os bonecos (e até socar, como muitos estavam fazendo). Era super divertido, eu estava com muita vontade de entrar lá dentro, para pular e escorregar também (risos).


O palhaço era um fofo, cantava e dançava, mesmo quando havia somente umas 4 ou 5 crianças para acompanhá-lo. Ele contava algumas histórias engraçadas, e as crianças rolavam de tanto ri, e eu tentava ri também, mas eu não entendia bem a idéia.

Havia uns carrinhos para as crinças menores de 3 anos brincarem em uma cidade de brincadeirinha, com faixa de pedestre e placas de sinalização. É uma excelente idéia para ensinar a criançada algumas regras de transito, da forma que elas mais gostam: brincando.

O meu filho já é bem grandinho, mas ele pulou em um desses veículos vermelho e só desistiu quando chegou um bebezinho chorando por um.


Também não posso deixar de citar a barraquinha da "Arte com macarrão". Havia quilos e mais quilos de macarrão cru, em diferentes formatos, com furinhos pequenos na ponta para favorecer a fabricação de colares e pulseiras, bem como  outros projetos craft. Eu simplismente amei.

Posso parecer-lhe uma "índia" que acabou de sair da floresta e nunca viu nada, deslumbrada com tudo que vejo aqui na Alemanha, mas é verdade, eu estou encantada com o que eu vi e aprendi.

Fiz uma busca no Pinterest e encontrei dois sites super legais, o Mollymoocrafts.com e o Hellowonderful.co, que contém alguns exemplos de projetos para fazer arte com macarrão. 

Photo by Galiceanu A. 2015

Eu e meu esposo sentamos e pintamos alguns macarrões para ajudar no projeto do nosso filho, que não sabiamos o que ele queria fazer.


Então, ao terminar me ofereceu um colar bem coloridinho feito de macarrão farfalle, com um pingente de um macarrão gigante em forma de concha escrito dentro TAM (a empresa aérea que ele ama desde muito pequeninhinho, por ter a cor vermelha na logo).

No Facebook deste blog eu coloquei outras fotos, que ilustra o que eu estou descrevendo.

domingo, 23 de agosto de 2015

CANALETTO Dresden - LEGO e as igrejas

Photo by Galiceanu A. 2012
O primeiro LEGO do meu filho foram da linha Duplo, os quais ele utilizava para construir aviões. O tempo passou e as idéias foram se modificando. Atualmente meu filho pega qualquer peça de Lego ou similar e constroi igrejas.

Photo by Galiceanu A. 2013
Os stands do Lego estavam sempre cheios de pais e filhos, mas nós sempre conseguiamos uma mesa para as montagens. No stand do Lego Duplo, encontramos uma mesa todinha para nós, não havia naquele momento outras crianças. Meu filho aproveitou para fazer uma de suas obras prima, a Basilica di San Petronio, que é uma basílica localizada na cidade de Bologna, no norte da Itália, cidade que visitamos recentemente.
Photo by Galiceanu A. 2015
Photo by www.foliamagazine.it

Photo by Galiceanu A. 2015

Estivemos em Freiburg em meado de junho deste ano e visitamos a Catedral Münster de Freiburg, Meu filho observou algo que eu nunca havia percebido em minhas várias visitas à esta igreja: lá tem cinco órgãos e com pelo menos dois manuais e uma pedaleira (que podiamos ver). Assistimos a missa celebrada pela manhã, onde todos os órgãos estavam tocando e eu pude constatar que realmente há cinco.

Fomos jantar  no restaurante Hausbrauerei Feierling, um lugar super indicado, pois além de ter o chop de fabricação própria, boa comida, tem brinquedinhos para as crianças se distraírem enquanto os pais "tomam uma" (ou mais). 





E olha o que meu filho se dedicou a construir. Até o órgão ele fez!!!

sábado, 22 de agosto de 2015

CANALETTO Dresden - Lego Ninjago

Na programação do "fervoCANALETTO  tinha os stands do LEGO NinjagoDuplo e Friends.
Photo by Galiceanu A. 2015
Ao chegar as crianças eram recebidas com o primeiro gift: um chaveiro personalizado para colocar um crachá. A moça logo perguntou diretamente para meu filho o nome dele e ele obviamente respondeu: Superman, e muito simpática, ela sorriu e escreveu exatamente o que ele falou, e eu completei com o nome dele (falando baixinho).

Photo by Galiceanu A. 2015
As crianças tinham que cumprir algumas "tarefas", tais como: construir algo sozinho, depois em equipe com outra criança, para receber um carimbo que significava que a tarefa foi cumprida. Porém acredito que isso é para crinças com mais de 6-7 anos, porque havia outras crianças da idade do David que também não cumpriram tarefas, apenas contruiram o que foi possível, com as peças que tinham, para dar formas à sua imaginação.

Photo by Galiceanu A. 2015










O mais interessante de tudo isso é a disponibilidade destes brinquedo, assim, ao ar livre, sem seguraças, sem funcionários ou câmeras, para imperdir que por exemplo alguém tente roubar, afinal o LEGO é caro em qualquer lugar do mundo, inclusíve aqui na Alemanha.

Simplismente todas as crianças brincam, competem por peças, choram para não sair da mesa de montagem, mas provavelmente nenhuma criança rouba peças. Nem seus pais, eu acredito.

Eu me permito pensar no Brasil, nestas horas, e desejar que seja assim o nosso país, com crianças educadas, pais conscientes, empresas confiantes ao oferecer um serviço desses gratis.

Enfim, eu sonhei por um Brasil melhor, um Brasil mais alemão.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A letra eszett para meu filho

Eu estava lavando uma "montanha" de louças originadas da preguicinha de domingo, somada a falta de tempo de segunda-feira, durante o dia, quando meu filho disse que havia perdido o ß (eszett) e o que estava aparecendo era o Mouseketools. Eu havia deixado ele ficar digitando no meu computador.

Eu confesso que fiquei confusa, afinal do que meu filho estava falando?

As louças estavam gritando na minha frente, e as horas se passando, já era quase hora do jantar, eu precisava terminar. Porém, meu filho insistia em dizer que só aparecia o Mouseketools e não o ß. Como ele insistiu, eu tive que largar tudo e ver o que ele estava falando.

Quem tem filho com menos de 10 anos deve conhecer o desenho animado Micky Mouse Clubhouse, esse Mouseketools aparecia nele. Os Mouseketools são instrumentos distribuídos pelo Toodles para o Mickey e os seus amigos. Esse Toodles é um dispositivo mágico, uma extensão do computador do Mickey. Conseguiu entender? 

Meu filho assiste esta série desde 1 ano de idade. Eu ganhei de um colega a cópia do DVD do episódio Mickey Saves Santa que tinha o áudio e legenda somente em inglês e espanhol. Como meu filho já assistia Baby Einstein em inglês eu optei por exibir em inglês também. Ele simplismente adorava, mesmo sendo tão bebezinho. Comprei outros DVD da série e ele (e eu) seguiu assistindo até os 4 anos, quando começou assistir outras séries na TV.
O que aconteceu era que meu filho estava digitando Meißen, conforme ele viu as letras no seu "ônibus de papel". Como ele havia digitado ICE com letras maiúsculas, o teclado do meu laptop , que é em alemão, configura todos os dígitos "caixa alta". Na tecla do ß, fica o ponto de interrogação [ ? ]. Logo, o o Mouseketools para meu filho, na verdade é ponto de interrogação.

Educar um filho com mais de um idioma tem suas vantagens, mas é necessário um cuidado extremo para não confundí-los, ou mesmo confundir-se a si próprio. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A carta para a professora

Minha mãe sempre me falava que eu só ia entender ela, quando eu tivesse um filho, nas muitas vezes que eu a criticava quando ela estava minimizando algum erro dos meus irmãos ou mesmo quando ela sofria com alguma situação que os envolvia.

Ela estava certa.

No mês passado, aconteceu algo que me magoou, não foi nada muito grave, mas aconteceu, e eu não estava lá, para ajudar o meu filho ser compreendido por seus coleguinhas e sua professora da creche.

Na Alemanha, na rotina diária dos Kindergärten (isto é, das creches), tem um horário no jardim, ao ar livre. E um dos motivos para meu filho não resistir muito em não ir para creche, é o fato de que ele tem este horário para caçar insetos, em especial as joaninhas e as borboletas.

Então, houve um dia em que a professora  veio conversar comigo, na sala de espera, para me dizer que "... meu filho estava enterrando as joaninhas que ele encontrou no jardim, e suas coleguinhas viram e disseram para ela o proibir de fazer isto". 

Ela me falou tentou explicar para meu filho que os insetos são seres vivos, que precisavam respirar, ..., normal, o problema é que meu filho não fala muito bem alemão e não conseguiu explicar para a professoras e as coleguinhas o que ele estava fazendo de fato.

Eu falei para ela que eu não podia entender o que ele fez, pois eu sei do quanto ele gosta de insetos, e não os faria mal. Acredito que ela achou que eu estava defendendo meu filho. Eu disse que conversaria com ele.

E conversei. 

Foi realmente tudo um mal entendido. Meu filho disse que estava fazendo uma "casa de tijolos" para as joaninhas, pois é a melhor opção para uma casa segura, no caso do lobo mal vir (em referência ao que ele aprendeu na estória dos Três Porquinhos).

Meu filho disse que ficou muito zangado por ter sido proibido de fazer a casinha e ter perdido as joaninhas, mas que chorou porque as crianças estavam dizendo que ele é um menino mal, por tentar enterrar as joaninhas, algo que ele não estava fazendo e nem pensando em fazer.

Depois que eu entendi tudo o que aconteceu, resolvi escrever uma cartinha para explicar tudo, e a entreguei no outro dia.

Tradução:

„ Querida professora, ontem o David disse que não estava “enterrando” a Joaninha. Ele fez uma casa de barro (assim como a casa segura da estória dos Três Porquinhos). David disse também que ele não é um menino mal. David ama três coisas: aviões, trens e Joaninhas. Nós lamentamos o mal entendido. Com carinho,
Mãe do David”
Quando David chegou em casa, trouxe um presentinho que ganhou da professora: uma caixinha entomológica (acho que se chama assim em português). Ele estava muito feliz, porque a professora havia entendido que ele não é um menino mal, assim ele falou.

A caixinha é toda equipada uma lupa e pinça para pegar os insetos. E lógico, ele já trouxe duas joaninhas, com um pedacinho de madeira e uma folha, para ela se "alimentarem". 

E a mãe do David chorou ...



terça-feira, 4 de agosto de 2015

Na Alemanha, criança brinca de verdade

Eu já havia desistido de escrever neste blog, porém, aconteceu um fato que me fez mudar de idéia, neste mês de julho.

Houve dias de intenso calor aqui em Dresden, algo fora do normal, foi notícia em todos os jornais: uma onda de calor tomou conta da Europa por alguns dias, cerca de 32 à 40 graus, dependendo da região.

E no Kindergarten que meu filho frequenta as crianças ganharam um "bonus" pelos dias de calor: "banho de mangueira".

Meu filho contou todo alegre que ele havia gritado de alegria no parquinho do Kindergarten (como aqui eu sempre falo para ele não gritar quando está zangado, ele me avisou que gritou e que foi permitido, risos).

Voces não imaginam o quanto eu gostaria de estar lá para ver esta alegria, fazer fotografias e filmar até, mas eu ainda não tenho certeza de que eles (os professores) deixariam.

Houve um dia que já não estava tão quente, e vesti no meu filho um conjunto de moleton. Neste dia, a turminha dele não ganhou banho de mangueira, mas outra turma sim.

O fato é que meu filho foi para perto de pulou nas poças de água que se formaram, e como tudo ocorre no jardim, as poças eram poças de lama.

Quando eu cheguei para buscá-lo, as  crianças ainda estavam almoçando. Eu vi algumas crinças com as pernas todas sujas de barro escuro, tinha uma menina que tinha barro seco perto do nariz, e eu senti vontade de limpar. Eu imaginei que para aquela turma o dia tinha sido ótimo. 

Eu estava tão destraída admirando aquelas crianças sujíssimas, exautas, comendo tudo do prato, felizes, que quando a professora veio do outro refeitório trazendo o meu filho só de cuecas e camisa, eu levei um susto.

Perguntei o que houve, mas a professora pediu que eu a acompanhasse até o vestuário. Eu fiquei mais assustada ainda. O que poderia ter acontecido?

A professora não acreditou que eu ainda quisesse a calça, pois estava completamente suja. Eu disse que sim, que para mim isso não havia problema, pois seria a máquina de lavar roupas que iria lavar, não eu.



quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O aniversário do nosso filho

Nós vamos festejar o aniversário do nosso filho em Outubro. Eu estou tão empolgada quanto emocionada.

Eu já tinha vistos aqueles aniversários personalisados, com bastante lembrancinhas na mesa do bolo, mas achava que isto não me pertencia, pois deveria ser muito caro, pois envolveria gráficas, papeis adesivos, muito colorido e muito dinheiro. Porém, não bem assim!

Procurei na Internet as imagens, e depois, com um programa eu poderia escrever em cima o nome do meu filho, mas o que encontrei foram pacotes digitais para VENDER. Entretanto, com um pouco mais de persistencia encontrei o site "Fazendo a nossa festa", oferecendo dezenas de kits completos para aniversários, chá de panela, e muito mais, bem coloridos, com personagens atuais que a meninada adora, e tudo GRATIS!

É muito difícil escolher o tema, pois cada um é mais lindo do que o outro, mas como o meu filho tem uma predileção por aviões, logo, escolhi fácil fácil.

Vejam como ficou o convite, uma fofura só:


Havia mais uma "fogueira para eu pular", a gráfica. Eu já estava com mais coragem e pensei que talvez não fosse tão caro como eu esvava pensando. E não é mesmo, ao contrário, é absurdamente barato, quer ver:


Custa R$ 6,00 cada folha de A3, que tem 29,7 x 42,0 cm de dimensão, ai eu calculei quantos convites caberiam numa folha, para imprimir o menor número possível, consequentemente economizar. No meu caso consegui imprimir 18.

No ano passado eu fiz o convite de aniversário impresso em fotografia; vou explicar: copiei um convite da Internet com o tema galácia e astronauta, e ficou bem colorido, eu até pensei em imprimir em casa, mas não ia ter tinta suficiente, então tive a idéia de imprimir como se fosse uma fotografia, e ficou tão colorido quanto eu pensava, brilhate e relativamente barato, tipo R$ 1,50 por convite.
Mas agora vejo que imprimir na gráfica é mais barato, imaginem R$ 0,33 por convite.

E hoje eu encontrei outra gráfica que imprime mais barato ainda.
O que tem isto haver com o pós-doc do meu marido?
Sinceramente, nada.
Eu sou uma dona de casa que resolveu partilhar seu dia dia, assim como muitas que eu encontrei na interent, e que de alguma forma fizeram a minha vida mais feliz, mais leve, com suas dicas.