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domingo, 4 de outubro de 2015

A Denise Chocobom

Eu estava entrando em uma loja, com meu esposo e meu filho, quando resmunguei, sem falar baixo, que meu "suvaco" estava coçando, com a equivocada garantia de que ninguém iria entender, ledo engano

Photo by www.denisechocobom.de
Havia pessoas entrando e saindo da mesma loja, mas tinha uma moça parada na porta da loja, era a Denise Chocobom, e ela caiu em uma doce gargalhada ao me ouvir, e eu me aproximei dela e gargalhei junto. Então olhei melhor para ela e percebi que ela só poderia ser uma brasileira, carioquíssima, morena, magra, perfeita, calçando sandálias "anabela" e com anéis extravagantes em cada dedo. 

Depois do riso soltou, começamos a conversar, nos conhecer, trocar contatos, deixei completamente meu esposo e filho, para papear com aquela figura tão iluste e famosa, na cidade de Dresden. 

Ontem, eu à encontrei novamente, na sua Tenda de Coquiteis no Familienfest am Goldener Reiter, festa do feriado de 03 de outubro. Era possível ver a bandeira brasileira de longe, da sua tenda. O cocar de índio, feitos com pedras e penas azuis, era o toque de fundamental da idealização do Brasil naquela festa.

Entretanto, nossa princesa carioca estava contrariada, com tanta música alemã!!! Ocasionalmente, quando tem festa em espaços públicos, sempre tem a apresentação de músicos brasileiros, mas ontem não rolou. Fazer coquiteis ao som de uma tortura saxônica, ninguém merece, não é?

Denise estava muito ocupada com os coquitéis, que graças a Deus, vendia mais que água, e não pudemos conversar mesmo, tão pouco fazer uma fotografia para colocar neste texto.

O site de Denise é todo em alemão, mas com informações sobre as diferentes festas culturais brasileiras, com uma pequena resenha e algumas fotografias, incluíndo o Boi Bumbá, o que me deixou muito agradecida e feliz. 

Ela é o máximo!!! Eu sou sua fã Denise Chocobom. 

domingo, 27 de setembro de 2015

Café com recordações!

O blog aqui não é de culinária, mas ando empolgada com o assunto e vou escrever mais essa experiência.

Os asiáticos, ah! os benditos supermercados asiáticos. Como disse uma moça carioca que participa no grupo Cozinhando na Alemanha do Facebook, nestes supermercados tem uma infinidade de produtos, que não damos conta de perceber que tem produtos que habitualmente comemos no Brasil, como por exemplo, milho branco, quiabo, dendê, coloral, coentro, leite de côco, banana pacovã e tantos outros.

Desta vez encontrei, ou melhor dizendo, "garimpei" macaxeiras congeladas, branquinhas, sem nenhum pontinho preto. Eu as cozinhei para fazer um "escondidinho de carne", mas quando senti o cheiro delas cozidas, fui "jogada para o passado, para a infância", quando comia macaxeira cozida com café com leite. 

E cozidas as macaxeira pareciam pefeitas, sem pontinhos pretos e macias. Lembra que quando compramos macaxeiras ou elas vem metade podre ou duras, que mesmo cozidas são indigestas?

O "escondidinho" não roulou mais, o que roulou foi um "flashback" potente, hahaha!!!


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Estudar na Alemanha - um sonho que se transformou

Geralmente, quando se fala de sonho, dizemos que ou "ele" se realizou ou se frustrou. Desculpe-me por sair do padrão, o meu se transformou.
A minha família era muito humilde, estavamos em risco social, como tantas outras famílias, que naquela época, passavam por necessidades. Nós somos seis filhos, estavamos todos pequenos, uma "escadinha", morando com nossos pais em uma vila de kitnetes de madeira, e banheiro coletivo, em um bairros às margens do Rio Negro, na cidade de Manaus. 

Nós, tivemos o privilégio de sermos amparados economicamente, por padres italianos, os Oblati di Maria Vergine, os quais, nos sederam uma casa com um jardim enorme em troca de cuidarmos da casa deles, nos longos períodos de ausência, quando faziam as viajens para o exterior e também para as cidades das zonas rurais do Estado do Amazonas, onde ele estavam iniciando seus trabalhos de evangelização, em meados dos anos 70.

O Brasil atravessava uma severa crise econômica, e nós não escapamos do trabalho infantil, era preciso. Porém, nunca deixamos de estudar. Veio o período da Faculdade, e tudo melhorou. A Universidade "abriu muitas portas", deixando para trás um passado de privações e dificuldades. Foi o que os estudos nos proporcionou: uma vida melhor, mais leve, mais segura, mais humana.

Hoje, na minha maturidade, vejo quantos riscos estávamos submetidos, naquelas condições de vida, mas todos nós vencemos, como muitos amazoneses humildes, certamente, que agarraram as chances oferecidas.

Quando fiz mestrado na UFPR, com a permissão de Deus, adquiri definitivamente a liberdade de escolher novos caminhos, de mudar minha própria história, de viajar mais longe do que eu poderia imaginar.
(continua ... Parte II)

domingo, 13 de setembro de 2015

Tapioca na Alemanha, para contar histórias

Eu sou do Estado do Amazonas, fui criada e educada em Manaus. Meus pais são descendentes de nordestinos. Os meus avós paternos eram primos de primeiro grau, originados da cidade de Baturité, Estado do Ceará. A minha vó materna, cearense também, chegou de navio com os migrantes nordertinos para trabalhar no período áureo da borracha no início do século 20 (por volta de 1908), órfão de pai e mãe, sem documentos ou tutores, muito criança, embarcou eu um viagem de aventura e desventuras. Felizbela Basílio de Almeida, era o nome dela, sobreviveu, foi morar em seringais, trabalhou duramente na floresta amazônica, tornou-se uma mulher rígida, mãe de 8 filhos, morreu em 2003, com mais de cem anos, lúcida, lembrava de toda sua tragetória histórica.

Meus avós eram ribeirinhos, isto é, aquele que moram às margens dos rios da amazônia, meus pais moram na cidade, mas mantêm um sítio até hoje, na margem esquerda do Rio Negro. Neste sítio eu aprendi a fazer farinha, extrair o tucupi e a goma para fazer tapioca, aprendi a amar a natureza, só não aprendi a nadar!

Sempre no café da manhã, minha mãe fazia tapioca para nós, para substituíndo o pão francês. Comemos sempre quentinha, feita na hora, pois depois que esfria, a tapioca fica dura, mas continua gostosa, tem valor.

Eu fui morar em Curitiba, para estudar, e levei comigo a goma para fazer tapioca, era mágico, quando eu sentia um pedacinho de tapioca na minha boca, eu aquecia todo o meu coração, e espantava aquela tristeza que eu sentia nos dias frios de inverno. Eu levava também tucupi, para fazer tacacá e quando o dinheirinho dava, eu fazia o famoso "Pato no Tucupi".

Eu nunca tive coragem de trazer goma para o exterior, pois a semelhança com entorpecentes, me causava muito medo de haver uma mínima confusão e mal entendido no aeroporto.

Na época que morei no Sul da Alemanha, eu "descobri" que os asiáticos usam temperos e comem frutas e vegetais iguais aos que costumamos comer no Amazonas. Por exemplo, frutas como a banana pacovã e côco, vegetais como o milho branco, o quiabo e a macaxeira, temperos como o coentro (aqui chama-se Koriander) e  azeite de dendê.
Fiz muito Vatapá na Alemanha, afinal eu tinha o dendê, o côco, o coentro, cebolinha pão e camarão!!!

Eu pensava, na minha "santa ignorância" que todos esses produtos era originários do Brasil. Eu fiquei muito surpreendida quando vi uma cena, no filme da The Diary of Anne Frank, uma embalagem de Koriander, na farmácia de manipulação, em Amsterdã, naquela época. Eu precisei viajar para ter mais cultura e conhecimento.

Minha amiga Nina, que escreve o blog Entre mãe e filha, foi que me ensinou, em junho deste ano, comprar e goma nos mercadinhos asiáticos. Esse primeiro pacote eu comprei em Freiburg, 500g de pura felicidade. Quando acabou eu fiquei triste, mas em agosto descobri que tem aqui em Dresden e comprei.

Eu fiz a tapioca para o meu filho levar para o café da manhã no Kindergarten, e causou "barulho", a professora queria saber o que era aquilo, e agora para eu explicar tudo, deu trabalho, alemão é interessado, quer saber detalhes, até valores nutricionais (Descubra oito razões para incluir a tapioca na dieta).

Qualquer dia desses vou fazer um café regional com tapioca, banana frita, mingual de munguzá, abacatada (abacate com leite e açucar, batido no mix) só vai faltar o famoso "pão com Tucumã". Queres provar?

Photo by Galiceanu A. 2015
Photo by Galiceanu A. 2015
Photo by Galiceanu A. 2015


Photo by Galiceanu A. 2015


sábado, 22 de agosto de 2015

CANALETTO Dresden - o meu melhor arraial

Quando eu tinha entre 13 a 17 anos esperava ansiosamente pelos arraiais (festas juninas, julhinas e agostinhas, rsss) das igrejas do bairro eu que morava e bairros adjacentes. O Arraial da Paróquia de São Raimundo Nonato é o último do ano, no dia 31 de agosto.

Conforme eu explico no texto Agosto um mês espetacular - conclusão, eu chamo de "fervo" as festas públicas, tipo os arraias.

Eu simplismente adorava os arraiais, eram as únicas festas que participava, pois naquele tempo eu não ia ao cinema ou teatro, discotecas ou shoppings (nem tinha um para fazer remédio).

No arraial eu andava de um lado para outro, em busca se um amor. Rolava muita paquera e ninguém tinha telefone celular ou Facebook para as coisas aconterecem. Eu também andava para olhar (e só olhar mesmo, por falta de recursos finaceiros) as barraquinhas de jogos, doces, churrascos, acessórios, e muito mais. Houve um ano que o Banda Carrapicho tocou ao vivo de graça para todos no arraial de Paróquia de São Raimundo Nonato, foi inesquecível. Foi o primeiro concerto que eu assitia ao vivo.
Photo by www.dresdner-stadtfest CANALETTO 2013

Nos dias 14 a 16 de agosto, ocorreu aqui em Dresden, o maior e melhor de todos "arraiais" que já participei em minha vida: CANALETTO. A verdade é que foi uma festa ao ar livre, em 18 diferentes pontos desta linda cidade, com diferentes tipos de progamação, para diferentes públicos. Havia palcos com apresentações regulares de concertos de música Clássica ou Rock, Jazz ou Samba. O "fervo" era dia inteiro, e só terminava as 23 horas ou mais dependendo do lugar.

E lógico, fomos para as programações de músicos brasileiros e para apresentação da Bateria Samba Universo. Nem mesmo em Manaus eu tinha a oportunidade de assistir um ensaio de escola de samba, eu não perderia aqui, por nada. E valeu muito a pena.

Nós andavamos de um lado para o outro, em busca dos diferentes stands de empresas, que ofereciam pequenos gifts se cumprissemos algumas tarefinhas (jogos). Amor eu já tenho, Graças a Deus.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Transporte público tem que ser para todos

Eu já havia contado esta história no meu Facebook! E gerou um modesto debate.

Um dia eu fui buscar meu filho no Kindergarten e peguei o ônibus que passa perto de lá. Na segunda parada, entrou no ônibus, a Diretora do Kindergarten.

Photo taken by Burts
O Diretor do instituto de pesquisa que eu frequentei no Sul da Alemanha um dia quase me atropelou, ele desviou bruscamente para não me tocar, e ele quase caiu da sua bicicleta. Ele já era um senhor de meia idade, mas estava ali, firme e forte,  e sem um centímetro de "barriga quebrada" sobre a calça.

E o diretor do departamento do meu esposo, aqui em Dresden, também chega de bicicleta, ele é mais jovem e eventualmente chega no seu BMW.

Honestamente eu fiquei muito impressionada, Eu não poderia imaginar isso acontecendo em Manaus, nem pelo transporte público deficitário, nem pelo padrão de "status" mantido por muitos brasileiros, à todo custo,

Logicamente que eu não estou generalizando, eu não julgo que todas as pessoas que ocupam cargo de destaque no Amazonas ou no Brasil como um todo, sejam arrogantes e exibicionistas. Entretanto, sabe-se que no Brasil existe uma cultura de (ou falta de cultura) ostentação e cobrança da exibição de sua mudança de condição social e finaceira.

Todos nós sabemos dos problemas de segurança pública do Brasil, da manutenção de ruas e estradas, problemas de transportes públicos, e que seria injusto fazer uma comparação com qualquer outro país, Porém, tudo é uma questão de iniciativas, como o exemplo de Curitiba, cidade que eu amo muito (estudei lá alguns anos). 

O Transporte urbano em Curitiba tem características inovadoras e tem sido considerado um dos pioneiro em modernização e reestruturação do sistema de transporte urbano no Brasil (https://pt.wikipedia.org/wiki/). Curitiba implantou em 1974 (vejam que não foi ontem) o "Sistema Expresso", criando ruas exclusivas para a circulação de ônibus. Ao longo dos anos o transporte público foi aprimorado, criando ciclovias, para favorecer o uso de bicicletas, entre outros benefícios que atinge diretamente na qualidade de vida dos habitantes de Curitiba e Região Metropolitana.

Então, todos nós, eleitores e governantes, sabemos com pode melhorar, sem perder mais tempo em fazer críticas pesadas, sarcásticas e muitas vezes inúteis.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Agosto - um mês espetacular

Eu cresci ouvindo que agosto é o mês do desgosto. Algumas noticias nos telejornais confirmavam isto, em alguns anos. E o dia 13 de agosto? e se fosse no ano de 2013?

Brasileiro de um modo geral é supersticioso, é cultural.

Eu sou católica, e aprendi nas aulas de Crisma que não devemos dar valor aos horóscopos e superstições. E eu segui a vida tentando evitar as superstições, pois os horóscopos eu nunca mais li, desde os 16 anos de idade.

Eu tentava ver com naturalidade o mês de agosto, mas não conseguia. Eu até construia uma fortaleza emocional no mês de julho, preparando-me para as possíveis tristezas que o mês traria.

Eu tenho um sobrinho que eu amo muito e o trato como se fosse meu filho. Ele nasceu no dia primeiro de agosto. E eu lamentei, pois eu havia rezado para que nascesse logo em julho, pelo menos no dia 31. Tanta ignorância.

Eu tenho um  irmão que tem aniversário no dia 17 de agosto, e eu pensava  com preocupação na vida dele, mais do que na vida dos outros quatro irmãos que tenho. Depois dos 40 anos, este meu irmão finalmente tornou-se pai, de dois meninos lindos, e os seus dois filhos nasceram em agosto, um no dia 13 e outro no dia 16.

Eu agora tinha mais duas vidas para me preocupar.

Eu casei a primeira vez, em uma cerimônia civil, no mês de março, na casa dos meu pais em Manaus, com a presença da juiza, que é amiga da família e nos deu este presente de casamento. 

Meu esposo é romeno, e portanto ortodoxo. Quando ele veio conversar comigo para marcar a cerimônia religiosa na Romênia falou logo no mês de agosto. Eu fiquei pálida, pois só a sugestão me dava pavor.

Eu argumentei que poderia ser em julho ou setembro, mas ele disse que era praticamente impossível, por vários motivos. Explicou que o mês ideal de casar na Romênia é agosto. Noivos lutam para conseguirem agendar nas igrejas e casa de festas, e lógico, nem todos conseguem, e vivem a frustração de não casar no mês especial.

Eu demorei tanto para casar (eu sonhei por isto desde os 12 anos de idade) que aceitei proposta e entreguei para Deus aquela situação tão desconfortável para mim.

Morávamos na Alemanha, no sul, e iríamos para Romênia de avião, isto se o trem não tivesse chegado atrasado no aeroporto. Foi uma situação totalmente incomum, tratando-se da Alemanha, que tem trens pontualíssimos (tipo que chega as 14:27h, exatamente). Os ferroviários entraram em grave justamente no dia da nossa viagem  (em agosto, percebe?).

O próximo vôo para Bucarest, nas empresas low cost naquele aeroporto, só depois de dois dias ou pagar muito caro nas empresas comuns. Então decidimos ir de trem (posso contar esta façanha em um outro artigo? prometo).  

Photo by Galiceanu V. ©  2008
Casamos no dia 16 de agosto de 2008, em um dia quente de verão europeu e uma chuvinha fina no final do dia, que os romenos acreditam que é sorte. A noite ocorreu um eclipse lunar parcial. Todos esses fenômenos da natureza tentando me dizer que agosto é um mês espetacular, que não havia nada de errado com o meu casamento ou com o mês de agosto.

(ih, o artigo ficou longo demais, vou ter que dividir, então, continua ...

Agosto - um mês espetacular - conclusão

Então, voltando ao foco, o mês de agosto aqui no Hemisfério Norte, em particular, na Europa, é um mês muito feliz, esperado, pois é pleno verão ("verão boreal", isto é, o solstício de verão, acontece cerca de 21 de junho e termina com o equinócio de outono, por volta de 23 de setembro).

O mês de sol, férias escolares, eventos festivos públicos, mês de viajar para praia ou montanhas, curtir a família, casar, um mês sensacional, fantástico, espetacular. Como poderia ser diferente?

Eu chamo de "fervo" as festas públicas ao ar livre daqui da Alemanha, promovidas pela prefeitura de Dresden ou por iniciativas privadas e ONGs. Chamo assim de fervo porque aqui parece tão morno, tão monótono, que quando eu vejo um "agito" eu acredito que algo "esquentou ou ferveu", mesmo que seja somente no meu coração.

Nas festas ao ar livre sempre bastante brinquedos e atividades para a criançada ser feliz. Os castelos pula-pula são os preferidos, mas tem tantos outros brinquedos e tão poucas crianças que a competição é quase inexistente.

Photo by Galiceanu V. ©  2008

Dresden promove, nos dias 14 a 16 de agosto: o CANALETTO - das Dresdner Stadtfest. Eu penso que seja o maior "fervo", isto é, a maior festa da Alemanha todos os tempos. Chega centenas de milhares de visitantes para uma programação diversificada de espetáculos musicais, gastronomia, atividades para toda a família (www.dresdner-stadtfest.com).

Enfim, foi necessário para mim, conhecer e vivenciar outra cultura, para ter outra perspectiva sobre o medo do mês de agosto.

Quebrar tabu é uma experiência libertadora, pois um tabu que eu absorvi voluntáriamente ao longo de minha vida, era algo que muitas vezes me causava sofrimento.

Viva o verão, viva o sol, viva agosto, viva a vida!

domingo, 9 de agosto de 2015

A carta para a creche do Brasil - Parte I

Acredito que para continuar com este projeto (escrever neste Blog) eu preciso lhes dizer algo muito importante, para que nas próximas postagens eu possa contar as minhas histórias incluindo as verdadeiras emoções. Eu escrevi no final do ano passado uma carta para a creche onde meu filho estudou. 

Nós estávamos nos despedindo, pois estávamos de mudança para a Alemanha. E sabia que nesta próxima etapa da nossas vidas, teríamos melhor qualidade de vida, por causa dos esforços de uma instituição que inclui o bem estar de suas crianças, mesmo que o problema esteja na base familiar. Então, lá vai, mas é longa, um jornal:

Minha gratidão à Creche Escola Bebê Bombom!
“... porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate.” (Matheus 7,8)
Eu não tinha mais argumentos para adiar o ingresso do meu filho em uma creche, pois ele já estava com três anos completos. Escolhemos a Bebê Bombom inicialmente pela tradição e fama, por sua estrutura física, que para mim é satisfatória do ponto de vista de segurança e controle, mas também a escolhemos por ser próxima de nossa casa.

Somente o meu esposo trabalha, e eu logicamente, fiquei com a responsabilidade de levar e buscar nosso filho na creche. Seria muito simples se eu não tivesse Síndrome do Pânico.

As aulas começaram no final de janeiro do ano passado (2014), e meu tormento também.

Eu estava há 10 anos com Sindrome do Pânico, sendo que, há oito anos não trabalho na minha profissão. Ainda tentei trabalhar com a sindrome, mas sem sucesso. Desde então abandonei a carreira, o doutorado no exterior, abandonei meus sonhos. 

Na primeira entrevista com a psicóloga, eu falei sobre o meu problema, no intuito descobrir se meu filho seria prejudicado por minhas limitações ou não. A resposta foi imediata, não para mim, mas voltada para meu esposo, como um apelo, disse que eu precisava de ajuda urgente, que ele deveria me levar à um psicólogo.

Ela discorreu sobre todos os possíveis problemas que seriam gerados, caso eu seguisse doente, sem tratamento, durante o desenvolvimento social, emocional e educacional do meu filho, deixou bem claro que se eu não tentasse ficar curada, eu estaria pondo em risco a qualidade de vida do meu filho, uma vez que eu não a tinha mais.

Google Image
 Quando casei eu estava com a Síndrome do Pânico, e não tinha mais esperanças de me curar, me acomodei com a privação de liberdade e de conquistas, nem mesmo minha família acreditava que eu ficaria curada, depois de tantos anos e tantas tentativas com diferentes terapeutas e terapias.

A psicóloga suscitou em mim algo que eu já não sentia à muito tempo: esperança. Ela me fez acreditar que eu merecia uma vida melhor, que eu poderia oferecer muito mais ao meu filho, inclusive retomar a minha vida profissional.

Foi com o coração tomado de esperança que iniciei minha busca e encontrei na internet informações de um psiquiatra de São Paulo (Dr.Luiz Delfino Mendes), autor do livro sobre o assunto e defensor de que é possível a cura sem o uso de psicotrópicos.

continua ...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O aniversário do nosso filho

Nós vamos festejar o aniversário do nosso filho em Outubro. Eu estou tão empolgada quanto emocionada.

Eu já tinha vistos aqueles aniversários personalisados, com bastante lembrancinhas na mesa do bolo, mas achava que isto não me pertencia, pois deveria ser muito caro, pois envolveria gráficas, papeis adesivos, muito colorido e muito dinheiro. Porém, não bem assim!

Procurei na Internet as imagens, e depois, com um programa eu poderia escrever em cima o nome do meu filho, mas o que encontrei foram pacotes digitais para VENDER. Entretanto, com um pouco mais de persistencia encontrei o site "Fazendo a nossa festa", oferecendo dezenas de kits completos para aniversários, chá de panela, e muito mais, bem coloridos, com personagens atuais que a meninada adora, e tudo GRATIS!

É muito difícil escolher o tema, pois cada um é mais lindo do que o outro, mas como o meu filho tem uma predileção por aviões, logo, escolhi fácil fácil.

Vejam como ficou o convite, uma fofura só:


Havia mais uma "fogueira para eu pular", a gráfica. Eu já estava com mais coragem e pensei que talvez não fosse tão caro como eu esvava pensando. E não é mesmo, ao contrário, é absurdamente barato, quer ver:


Custa R$ 6,00 cada folha de A3, que tem 29,7 x 42,0 cm de dimensão, ai eu calculei quantos convites caberiam numa folha, para imprimir o menor número possível, consequentemente economizar. No meu caso consegui imprimir 18.

No ano passado eu fiz o convite de aniversário impresso em fotografia; vou explicar: copiei um convite da Internet com o tema galácia e astronauta, e ficou bem colorido, eu até pensei em imprimir em casa, mas não ia ter tinta suficiente, então tive a idéia de imprimir como se fosse uma fotografia, e ficou tão colorido quanto eu pensava, brilhate e relativamente barato, tipo R$ 1,50 por convite.
Mas agora vejo que imprimir na gráfica é mais barato, imaginem R$ 0,33 por convite.

E hoje eu encontrei outra gráfica que imprime mais barato ainda.
O que tem isto haver com o pós-doc do meu marido?
Sinceramente, nada.
Eu sou uma dona de casa que resolveu partilhar seu dia dia, assim como muitas que eu encontrei na interent, e que de alguma forma fizeram a minha vida mais feliz, mais leve, com suas dicas.